José Cid no Maxime - Reportagem
Parecia uma mentira do dia 1 de Abril, mas não, José Cid actuou mesmo no Cabaret Maxime neste fim de semana. O Portal Pimba esteve lá no dia 2, na data extra devido ao Sábado estar esgotado. Numa plateia constituida por muitas figuras públicas, entre as quais o presidente da Câmara de Lisboa, e acima de tudo muita gente jovem, este foi sem dúvida um momento alto na carreira de José Cid, carreira essa que muitas más linguas teimam em dar por terminada. E foi isso mesmo que José Cid veio contradizer. Numa sala única, propriedade de Manuel João Vieira dos Ena Pá 2000, José Cid mostrou a todos que ainda tem muito para dar à música portuguesa. O auto-intitulado "mãe do rock português", sozinho com o seu piano, em frente a uma plateia de perto de 400 pessoas, tocou os seus maiores êxitos com a ajuda do público, que desde cedo se mostrou participativo, cantando letras que muitos nem sabiam que conheciam, como se estivessem perdidas no seu subconsciente.
Num espectáculo com muitos momentos "jazzisticos" como o próprio lhes chamava, José Cid mostrou nos intervalos das suas canções porque é único em Portugal, relatando histórias e feitos de uma já longa carreira, contando o seu percurso na música, desde o Quarteto 1111 até aos nossos dias.
O espectáculo contou com alguns convidados, que tocaram algumas músicas de José Cid e também algumas versões. Entre os convidados estavam Paula Varanda, José Perdigão (um artista vindo de Guimarães que cantou "Na cabana junto à praia"(foto ao lado), um dos momentos altos do concerto, com o público a cantar a música toda), e Maria Passos, uma convidada vinda da Galiza que cantou "Feiticeira" de Luis Represas e outra música entediante em espanhol, naquele que foi o momento menos conseguido da noite.
Uma coisa curiosa que pude constatar no Maxime foi o facto de haver lá gente que tinha ido com a idéia que ia ver um circo, no inicio procuraram entrar pelo caminho do gozo, mas José Cid, com toda a sua experiência mostrou estar a cima de provocações e acabou por fazer com que todos sem excepção se rendessem à sua grandiosidade. O espectáculo durou sensivelmente 3 horas e meia, mais intervalo. Intervalo esse que aproveitei para que o José Cid me autografasse o meu cd "10000 Anos Entre Vénus e Marte", tornando-o assim no meu cd mais precioso, a par do autografado pelo Leonel Nunes.
Depois de 3 horas a cantar, José Cid abandonou o palco pela primeira vez, para trás tinham ficado muitos dos seus grandes êxitos. No entanto havia um que faltava, e o público começou a pedi-lo em unissono. "FAVAS, FAVAS, FAVAS!!!!" - gritava o público. José Cid nunca acedeu aos pedidos dos fãs, dizendo que essa era uma das piores músicas que tinha feito, exclamando: "não sei que piada vocês acham a essa puta de música!". José Cid fez três "encores", com o público já todo de pé, em perfeita histeria, cantando e saltando. No final das 3 horas e meia havia em mim o sentimento de que tinha valido a pena, que tinha sido um momento único de comunhão entre público e artista e que José Cid é de facto muito grande naquilo que faz!
3Pessoas cantarolaram ao som desta música:
Falta-te um 1 no Quarteto.
...e a gaita galega é galega, não catalã.
e a dora foi grande. nunca cantou tão bem.
Post a Comment
<< Home