8/25/2006

Grandiosa Garraiada com Leonel Nunes - Reportagem

Um brilho nos olhos e um sorriso do mais genuíno que há!

“É pá, este homem é lindo meu!!! Deviam de haver 200 assim em Portugal!!!” – dizia-me no fim do espectáculo um fã de Leonel Nunes, que claramente já tinha bebido mais que o artista. Mas não, em Portugal não há mais nenhum, e Leonel mostrou mais uma vez aquilo que o faz único, na actuação na Grandiosa Vacada em Galamares – Sintra.
Depois de uma garraiada, que não encheu o recinto preparado para o efeito (estava sensivelmente a meia capacidade), mal foi anunciado o espectáculo que se seguia, deu-se o primeiro indício de que o que se seguiria seria o momento alto da noite. Mal foi anunciado o nome de Leonel Nunes nos altifalantes, vários grupos de jovens, muitos oriundos de longe, gritaram em uníssono o nome do maior ícone da Música Popular Alternativa (MPA). Depois de todos os presentes na praça de touros se terem deslocado até ao palco ao fundo do recinto, que mais parecia um festival de Verão, com touros mecânicos e várias barracas, foi a vez de aparecer um comunicativo Leonel Nunes num palco que não oferecia as condições ideais a um espectáculo destes, com fraca iluminação e um som que não era o ideal. Mas apesar de algumas queixas por parte do artista, este soube desde o primeiro momento como agarrar o público, fazendo com que estes olhassem para o palco embevecidos, com o olhar de quem olha algo que ansiava há muito. A partir daí foi o desfilar de sucessos, com o público a mostrar que é fiel e conhece as letras de cor, saltando e cantando com o artista. Os mais dotados (lote onde não me incluo, apesar de ter tentado) dançavam. Os principais êxitos passaram todos por lá, com especial destaque para: a “Mulher Ingrata”, “Um pepino entre os tomates”, “Porque não tem talo o nabo”, e a “Toca o meu badalo” mítica versão da “Apita o combóio” dos Zimbro que permitiu aos presentes ensaiarem o famoso combóio, muito comum neste tipo de festas. Com o povo ao rubro houve fãs que não aguentaram a euforia e saltaram para o palco, ladeando o artista e cantando com ele. Foi esta a prova definitiva que Leonel é um cantor popular, e é ali que se sente bem, no meio do povo, e ficou provado que o povo quer ter o Leonel no meio dele. De destacar duas belas bailarinas de improviso que permaneceram em palco durante quase toda a actuação, tendo deliciado todos os espectadores, principalmente os do sexo masculino.
Leonel mostrava-se divertido, apesar das contrariedades recentes na sua vida, que infelizmente são do conhecimento geral, dialogando com o público, tendo sempre uma história, repleta de trocadilhos para introduzir a música seguinte, e claro, entre músicas, a já famosa “trombada” no garrafão, imagem de marca do artista. Depois de pouco mais de uma hora de espectáculo a organização mandou Leonel terminar, mas para o público ainda não era a hora, e foram vários os pedidos para ele tocar mais uma. Ouvia-se entre o público pedidos para tocar a “Mostra o letreiro rapaz”, “A mata da prima Aurora” e um grupo que se fazia ouvir mais alto lá conseguiu que Leonel os ouvisse e tocasse “O Bombeiro”, música que eles gritavam a plenos pulmões. O “Rei” ainda tocou mais umas duas músicas para os já poucos, mas fieis, fãs que permaneciam junto ao palco, e que resistiam a juntar-se aos restantes nas barracas de bebidas, que estavam por essa altura cheias.
No fim houve tempo para autógrafos, fotos com o artista e ensinamentos do mestre sobre a arte de beber pelo garrafão, tendo-se revelado ali alguns novos valores do levantamento do garrafão, e posterior “empinanço”. Apesar da pressa que tinha em regressar à Guarda, com uma longa viagem pela frente, o artista atendeu todos com um sorriso, que à sua volta diziam coisas como “ÉS O MAIOR!” - ou alguns mais radicais, nos quais eu me incluía - “ÉS DEUS!!!
Depois disto Leonel Nunes regressa a casa, e começa o DJ a tocar, tendo o recinto ficado vazio, numa clara mostra de que o artista da noite era Leonel Nunes, responsável pelo público que lá acorreu.
Era altura do regresso a casa, com as pernas arrasadas, e a voz a falhar, mas com a alegria de quem tinha visto mais um espectáculo memorável, de uma pessoa verdadeiramente especial e genuína. Obrigado Leonel.

Seguem-se as fotos:

As cores da garraiada tradicional portuguesa


O gesto técnico perfeito numa pose fenomenal

Confirmo que tal como o Leonel diz, o vinho era bom, tive oportunidade de o provar


A expressão fala por si


Diogo Mayer, um dos organizadores da garraiada, também teve oportunidade de beber do garrafão.


Bailarina improvisada...e que bailarina. (Pssst, esqueci-me de te pedir o número de telefone, manda-me um mail!)

Assim vale a pena! Quem diz que a música popular é pra velhos?


Ouvem Punk e Metal, mas acima de tudo fãs do Leonel. Foram um dos grupos mais divertidos da noite.

Quem quiser mais fotos clique aqui.

8/24/2006

É hoje!!!

E eu vou lá estar!!! Não prometo pegar um touro, mas posso assegurar que fotografarei, e ainda filmarei o Mestre em todo o seu esplendor... Irei daqui a pouco para Lisboa, e espero voltar com muitas novidades. Até lá!

Se isto não é o povo...

Está a partir de hoje nas bancas a revista Visão, com a reportagem que dá título a este post. Para todos os interessados, podem visitar o site, para verem um aperitivo do que saiu hoje na revista, que conta com a participação aqui do Portal Pimba.
De autoria de Miguel Carvalho, a reportagem acompanha nomes como Tony Carreira, Quim Barreiros e Leonel Nunes entre outros, mostrando um pouco da vida destes artistas durante o Verão, resultando tudo num artigo bastante interessante que desmistifica um pouco a "cultura pimba". Portanto toca a comprar a revistinha que são 2,75 euros bem gastos.

8/21/2006

Portal Pimba na imprensa...

pssst...se clicares na foto ela aumenta! Brutal não é?

Se não fosse um amigo meu - o Carlos - a alertar-me para este artigo, ainda hoje não sabia que a Maxmen tinha referido o meu blog na secção "Circus Maximus". Apesar de todos os meses dar uma espreitadela na Maxmen, devo confessar que há outras zonas da revista sobre a qual eu me debruço mais.
É sempre um bom sinal quando as revistas falam de nós, e principalmente quando usam termos nossos, como é o caso deste artigo que refere a Música Popular de Intervenção, termo que usei para definir a música do Nel Monteiro. E já que falamos em revistas, aproveito para informar que na próxima quinta feira, sairá mais um artigo sobre aqui este estaminé, desta vez na Visão. E como diz um amigo meu, sair na Visão em Portugal, é o mesmo que sair na Times no mundo. As palavras são do João Guilherme, mas afagaram-me o ego!

Carlos Paião - 15 anos depois....

É certo que este é um blog sobre música popular, mas há alturas em que eu tenho que falar de outros artistas, que apesar de não se enquadrarem na música popular, marcaram de forma inegável o panorâma músical português. Um desses artistas é sem dúvida Carlos Paião, que quanto a mim, a par de António Variações foi o maior génio da música portuguesa. Querendo o destino, que tanto um como o outro, morressem cedo demais, embora nos tenham deixado obras riquíssimas.
Lembro-me perfeitamente do dia em que Carlos Paião morreu, estava eu numa tórrida tarde de Agosto na oficina do meu avô (que é alfaiate) quando - julgo que pela voz de António Sala - ouvi a notícia na Rádio Renascença. Apesar de muito novo, nessa altura já sabia quem era Carlos Paião e a sua importância, ficando chocado com a sua morte prematura. Durante anos este artista foi deixado ao esquecimento pela grande maioria dos portugueses, até que agora, quinze anos depois, a Valentim de Carvalho decide editar alguns dos maiores êxitos de Carlos Paião, dando-lhe exactamente o título - "15 anos depois". Este é um cd dúplo que está dividido em duas partes, uma com as baladas e outras com as músicas rápidas. Este segundo (que por acaso é o cd 1) é o que mais me agrada. A forma como Paião brincava com as palavras era única, o ritmo das suas composições transmitia uma alegria contagiante. Estão nesse cd as músicas Playback, Marcha do “pião das Nicas” e a Ga-Gago (uma das minhas preferidas), entre outras. E já que falamos nas músicas rápidas, queria aqui destacar também uma música que ele compôs para a Cândida Branca Flôr, e que considero uma das suas melhores criações, falo de Trocas e Baldrocas que apesar de não estar no disco, aconselho a todos os que não conhecem a procurá-la e a ouvirem com atenção esta obra de autêntica "engenharia" lírica.
Fica aqui a sugestão, considero este um disco obrigatório para todos aqueles que gostam de música portuguesa, e é sem dúvida uma das mais justas homenagens que se podia fazer a este grande cantor/compositor.

Consultem aqui a Tracklist

8/18/2006

Garraiada na Ranha de Cima - Pombal

Já aqui tive oportunidade de falar que não gosto de touradas, concordo com as críticas que apontam a tourada como um espectáculo bárbaro e desumano. Penso que fazer do sofrimento de um animal um espectáculo não é um divertimento digno do século XXI. Mas respeito quem goste, eu no entanto não frequento touradas. Mas tenho que admitir que gosto de ver os forcados na tv, aliás, para mim se as touradas fossem apenas com pegas de caras eu era fã. Não concordo é com os ferros, com o sangramento do animal e mais grave ainda, como acontece em Espanha, a morte do touro. A morte não deve quanto a mim servir de espectáculo. É talvez por isso que gosto dos forcados, penso que é um desafio justo, em que o homem está em pé de igualdade, ou até inferioridade em relação ao touro. É o duelo entre a força bruta e a técnica, e isso agrada-me, já que não considero que se faça mal ao touro. Por outro lado temos as garraiadas, algo mais espontâneo, em que heróis de ocasião, que muitas vezes movidos por apostas ou pela força do álcool saltam para a arena para desafiar o touro, arriscando voarem uns bons metros nos cornos do touro. E foi isso que aconteceu na Quarta Feira em Ranha de Cima, no concelho de Pombal. Durante as festas da aldeia um grupo de jovens organizou mais uma vez a já tradicional garraiada, que teve bastante assistência, surpreendendo-me o número de pessoas que num dia de semana assistiam aos corajosos forcados de improviso, que se metiam à frente do touro. A organização para incentivar as pessoas a entrarem na arena improvisou um bar no centro do recinto, e segundo a mesma, distribuiram cerca de 15 litros de cerveja, aos corajosos que lá se deslocaram. Alguns a meio do percurso ainda levaram umas cornadas, mas nada que fizesse estragos, tendo sido um dia calmo para os bombeiros voluntários que lá se deslocaram por prevenção.
Há noite havia baile com a Anabela, e espectáculo com as Tayti, mas devido à chuva forte que se fez sentir nessa noite acabei por não me deslocar lá. Mas segundo relatos que ouvi, a chuva não foi impedimento para a festa se realizar, e o baile durou noite dentro.

Aqui ficam as fotos (desculpem a qualidade de algumas, mas a maquina não era minha, e um senhor de azul teimava em meter-se à frente):
Foto1 | Foto2 | Foto3 | Foto4 | Foto5 | Foto6 | Foto7 | Foto8

8/17/2006

E ainda mais Cid

Também no Youtube deparei-me com este maravilhoso video de José Cid, devo confessar que não sei se este é um original de Cid, e desconhecia este video, mas têm que concordar comigo que isto é uma peça de antologia.

Mais CID

Há muita gente que descobriu agora o Cid, muitos gozam-no, julgando-se mais inteligentes que o próprio, mas agora ao navegar pelo youtube dei com uma entrevista onde José Cid mostra, mais uma vez, que tem as ideias bem no lugar, e que só está onde está por mérito próprio. Aqui fica o video:

8/16/2006

Leonel Nunes - Agenda deste fim de semana

Acabei agora de falar com o mestre e ele deu-me 3 datas para este fim de semana. Assim, ele vai estar em:

Sábado - Casa Figueiras - Seia
Domingo - Vinhais - Bragança
Segunda - Lavacolhos - Fundão (não, não falta nenhuma letra)

E claro, dia 24 em Sintra na Grande Vacada, por isso, quem tiver oportunidade de ir ver um destes espectáculos, não perca estas datas. E já agora tirem fotos e enviem-mas :)

8/15/2006

Música popular para "indies"...

Devo confessar que a cultura "indie" que desponta por aí me faz cócegas, incomoda-me um pouquinho (não muito que não lhes dou essa importância) o pensamento que muitas dessas pessoas têm em que a "sua" música é que é superior, e se algum dia passar na rádio ou atingir o sucesso, passa obrigatóriamente a ser mau, isto quanto a mim é simplesmente ridículo. Os "indies" davam um belo caso de estudo, eles conseguem debitar nomes de bandas desconhecidas do público em geral com a mesma frequência que Leonel Nunes vai ao garrafão durante um espectáculo. E orgulham-se se só eles conhecem determinada banda. Ora, por esta última característica também eu me poderia considerar "indie", quem daqui conhecia a Luisa ou o Zé Rijo??? Mas não é isso que me leva a escrever este post, o que vos queria falar era do festival de Paredes de Coura, esse paraíso para tudo o que é malta "indie". Confusos??? Eu explico, não é própriamente do festival de Paredes de Coura que vou falar, o que quero falar é da feliz coincidência de datas entre as festas do munícipio de Paredes com o Festival, assim tem-se a oportunidade de levar a música popular a um público que a maioria das vezes a rejeita, e qual não é o meu espanto ao ler a crítica de Cristiano Pereira no Jn ao concerto do Agrupamento Arco Íris, nas festas de Paredes de Coura. Ele que está lá para fazer a cobertura do festival, não se fez rogado e foi também dar uma espreitadela às festas do concelho. Aqui fica a sua crítica:

"...É uma feliz coincidência o início do Festival Heineken Paredes de Coura acontece em simultâneo com as Festas do Concelho. Ora, tudo isso potencia ainda mais o espírito de folia: lá em baixo, junto à praia do Taboão, montam-se as tendas e prepara-se uma semana de rock'n'roll. Cá em cima, no centro da Vila, há carrosséis e bailaricos, ranchos folclóricos, vendedores de DVD da Floribela, tiros com pressão de ar e nuvens de algodão doce. Na noite de domingo, os forasteiros deambularam entre os dois cenários.

Após uma convincente actuação do Rancho Folclórico das Lavradeiras de Parada de Gatim deu-se início, já noutro palco, a um incendiário espectáculo do Conjunto Arco Íris, espécie de banda pimba que oferece um repertório baseado em 'hits' da música popular mais ou menos alternativa. Não muito longe de uma magnífica exposição de tractores, o vocalista cedo deu mostras de ser um 'frontman' com carisma cantou em português, portunhol, brasileiro e uma espécie de inglês. Mandou piadas, resistiu a assédio sexual e expulsou um sujeito do palco com um firme "Andor!". A seu lado, três bailarinas voluptuosas exibiram generosas porções de epiderme e alguns passos de dança. À sua frente, milhar e meio de jovens semi-punks deliraram, ébrios, com versões de Tony Carreira, humor marialva, canções cristãs, e confissões pessoais: "As mulheres berram muito alto mas eu já estou habituado à minha". O público rockeiro parecia adorar: dançava em comboio e surpreendentemente - ou não - pareciam conhecer as letras completas de clássicos como "Pérola Negra". Chegou, inclusivé, a haver algum 'mosh', facto que não passou alheio ao cançonetista que de imediato tentou acalmar os ânimos: "O rock é só àmánhá!" (sim, a acentuação está correcta). Mas o povo estava imparável, seduzido pelo crepitar daquela espécie de 'drunk folk' e hipnotizado pelo aparato cénico de cornucópias coloridas projectadas num ecrã, prova cabal de influência directa de uns Velvet Underground. O momento alto da actuação aconteceu antes de uma versão de "Filhos da nação", altura em que o cantor confessou ser portista, facto que imediatamente coloca a sua banda num patamar bem superior do que uns quaisquer Rolling Stones."

Mais aqui

8/13/2006

Vai ter que rezar - O videoclip


Com os devidos agradecimentos ao I Diota

8/11/2006

Não é MPA, mas é o maior nome da música portuguesa...

É certo que há tantas homenagens a este senhor, que já começa a fartar, a mim parece-me que há sempre aproveitamento neste tipo de homenagens, mas agora ao descobrir que há tanta coisa sobre António Variações - aquele que considero o maior nome de sempre da música portuguesa - no youtube,senti-me na obrigação de falar aqui disso. Procurem por António Variações no Youtube para saberem mais sobre este grande senhor. É óbvio que estava muito à frente do seu tempo. Eu adorava ter poderes para saber o sentido em que a música em portugal teria evoluído se este senhor não tivesse morrido tão prematuramente... acredito que estaria num patamar acima, pois o que falta em Portugal é o que este senhor teve em abundância - arrojo e audácia! Fiquem com um video sobre ele, e procurem o resto no Youtube.

O melhor videoclip jamais feito em Portugal...

E porque não a música também? Meus amigos, aqui está, "A pouco e pouco" a música que José Cid teima em renegar, mas que fez dele um herói de uma nova geração. Um obrigadinho à Susana Romana, fã número dois do Cid (a seguir a mim) por me mostrar o vídeo.

Confissão...

Há algo que vos tenho que contar, e que atormenta os meus dias. Eu sou uma fraude. Admito aqui perante todos os que me lêm: EU NÃO SEI DANÇAR!!!! Custa-me admitir, mas eu tenho o mesmo sentido rítmico de uma catenária dos caminhos de ferro, tal como elas ao passar o combóio abanam, eu ao som da música ainda me consigoabanar um pouquinho, em alturas de maior loucura, vá lá, posso flectir um pouco as pernas, mas de resto, tal como as catenárias, mantenho-me imóvel, como se tivesse ímans poderosos a prenderem-me os pés ao chão. Tenho vergonha de assumir isto, eu que de há uns anos para cá dedico a minha vida à divulgação da música popular. Mas apesar deste pequeno problema continuo a gostar muito de ir a um bailarico. Gosto da música, do ambiente, e essencialmente das pessoas e consigo facilmente chegar à conversa com outras pessoas, que muitas vezes me presenteiam com belas canções de improviso ou poemas e quadras populares por tal ousadia, mas no que toca a dançar, isso já é mais complicado, prefiro optar pela postura de mirone, e ficar a ver os outros divertirem-se, ao mesmo tempo que me torturo interiormente por não conseguir ir lá para o meio separar pares, que muitas vezes por falta de homens, que tal como eu preferem estar parados, de mãos nos bolsos a olhar, têm que dançar juntas. É triste ver tanta mulher nos bailes a dançar juntas, e os homens esses, de copo na mão, a mirar, como se de uma montra se tratasse... e o que me entristece mais é que eu sou um deles. isso vai ter que mudar, ai vai vai!!! Alguma professora por aí? :)

8/09/2006

Isto sim promete!!!!

Mais informações AQUI

8/08/2006

José Malhoa - Vai ter que rezar


Não é novidade nenhuma que nos por aqui gostamos muito deste novo José Malhoa, depois das fases menos conseguidas em que tentava adaptar sucessos estrangeiros para português, parece que encontrou de novo o caminho e já são 3 anos consecutivos a lançar um sucesso de Verão. Depois de "Baile de Verão" e "Eu vou a todas", José Malhoa aposta (e bem) este ano em "Vai ter que Rezar", uma música que demonstra que em táctica vencedora não se deve mudar, e foi o que Malhoa fez, não mudou de estilo, manteve o ritmo alegre com um refrão orelhudo que facilmente nos põe a cantar e assim conseguiu que o seu novo sucesso já ande nas bocas de todo Portugal. Estive estes dois últimos fins de semana em bailes (um da Anabela que falarei aqui posteriormente e outro do Tomané, artista bastante conhecido em Pombal), e tive oportunidade de constatar isso mesmo, que esta música está a fazer mexer os bailaricos de Verão, com tudo a dançar e a cantar.
José Malhoa esteve também hoje no "À volta" da RTP1, programa que contou também com a sua filha, mostrando que os rumores de que estariam zangados estavam errados. Quem for a tempo, pode ligar agora a TV que ele vai cantar de novo, estejam atentos. Para já fica aqui a música.

Desabafo breve e de conteúdo discutível...

Mas será que a Ana Malhoa não tem outra indumentária para levar à televisão? É que nestes últimos tempos tenho-a visto em vários programas e ela tem sempre a mesma roupa!!! Augustus, tu que vestes celebridades do calibre da Lili Caneças com o teu gosto particular, não queres oferecer uns trapinhos à menina?

Já agora, estou a ver o "À Volta" (sim, devo ser das poucas pessoas que gosta de ver ciclismo na tv) e ontem tiveram lá a Joana (Eu fui à tropa) e Clemente, esperemos que continuem a levar bons artistas ao programa para alegrar a hora da sesta.

Comentários com palavra de confirmação

Devido a me ter começado a aparecer publicidade indesejada nos comentários e a alguns ataques de uns diminuídos mentais, que mostram toda a sua infantilidade a fazer spam aqui no blog, os comentários agora têm uma palavra de confirmação. Assim evito a publicidade, e certifico-me que quem faz spam tem 10 vezes mais trabalho que eu ao apagar o comentário, a mim basta-me carregar num icone... Por isso Jules Verme e Isidro, continuem o spam pois têm muito mais trabalho que eu. Eu sei que não têm nada que fazer na vida, mas eu neste momento até estou de férias, e até tenho paciência para vos aturar as criancices.

Aos visitantes normais deste estaminé só peço que continuem a comentar como fizeram até aqui, continuando a boa disposição que se tem vivido por estes lados.

8/04/2006

A música popular e a publicidade

Intitulado "Diapasão", o spot de 32” passa-se numa rua de Alfama, bairro histórico de Lisboa. O ambiente é de festa, mais concretamente dos Santos populares. Este foi um filme de logística muito complexa, contou com a participação de 120 figurantes entre os quais se destacam verdadeiros marchantes. Na semana antecedente às filmagens, foi feita uma abordagem ao bairro avisando das filmagens e solicitando a sua colaboração. A véspera foi passada a decorar as ruas de Alfama, antecedendo as decorações dos santos. O protagonista da campanha, um cantor popular, percorre as ruas deste bairro a cantar a música especialmente criada para este efeito, escrita por Marante. (ver mais)
Não é ainda muito comum a utilização de música popular na publicidade, este é sempre um estilo renegado e normalmente são as músiquinhas pop que "embelezam" os anúncios públicitários da nossa televisão. Uma das raras excepções aconteceu por parte do Skip, que ousa assim inovar, usando um dos cantores populares mais conhecidos do grande público, que apesar de não aparecer no anúncio, está bem presente com a sua voz inconfundível. E é aqui que quanto a mim este anúncio falha, apesar de gostar de toda a produção, penso que seria preferível a presença do próprio Marante no anúncio, pois a sua voz é tão marcante, que quanto a mim é estranho ver um actor no seu lugar... no entanto julgo ser positiva esta campanha para a música popular, abrem-se assim novos caminhos e oportunidades. Assim o esperamos.
Deixo-vos então a versão integral do anúncio, com os devidos agradecimentos ao "General".

8/02/2006

Zé Rijo com "O Martelo do Nelo"

Quando o Rui Conceição, leitor deste blog, que tem colaborado activamente enviando músicas para este estaminé, me enviou este cd de Zé Rijo, eu praticamente dei pulos de alegria. Este era um cd que um amigo meu me tinha dado a conhecer quando ainda andava no secundário (Vitor, se leres isto vê se dás notícias), e rapidamente as músicas nos ficaram no ouvido, e foi muito bom, ao fim destes anos todos voltar a ouvir este cd. Já por várias vezes tentei falar com o meu amigo que o tinha, mas sem sucesso, talvez tenha mudado de telemóvel, o que é certo é que lhe perdi o rasto, e por isso volto aqui a fazer o apelo para ele me contactar, já que também ele é um fã da MPA.
A música que escolhi deste trabalho de Zé Rijo para vos mostrar é uma música que dedico ao pai de uma grande amiga minha, companheiro de pescarias, a que por brincadeira começámos a chamar de Nelo. Assim sendo, a música que vos mostro hoje chama-se "O martelo do Nelo", podem ouvi-la no álbum o Tapa Buracos, que é raríssimo de encontrar, eu pelo menos em tantos anos de procura em feiras, cafés e discotecas ainda só vi dois exemplares. Não sei nada sobre o artista, por isso agradecia que quem soubesse alguma coisa deixasse um comentário, é sempre interessante seguir o rasto destes artistas.
A músiquinha fica aqui, para todos ouvirem.

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